Início do cabeçalho do portal da UFERSA

Direito

Professor José Albenes profere palestra sobre as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Direito em evento ocorrido na OAB/Mossoró

Ensino 16 de setembro de 2019. Visualizações: 1146. Última modificação: 18/09/2019 11:09:51

Na última sexta-feira, dia 13, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Mossoró, sediou o projeto Oficinas de Educação Jurídica, desenvolvido pela Comissão de Educação Jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do RN. O tema do evento foi “As Novas Diretrizes para a Reforma Curricular dos Cursos de Direito”. O evento contou com os seguintes palestrantes: José Albenes Bezerra Júnior (UFERSA-Mossoró), Maria Tânia Inagaki (UNINASSAU-Parnamirim) e Paulo Lopo Saraiva (FACEP-Pau dos Ferros).

O professor José Albenes proferiu a palestra “A reforma curricular do Direito e a inserção das discussões relacionados aos meios de autocomposição de conflitos”. O professor, inicialmente, destacou a necessidade das mudanças e ajustes nas estruturas curriculares dos cursos, visto que o ambiente externo já passa a exigir algumas competências e habilidades relacionadas à política de consensualização de conflitos. Além disso, muitos instrumentos legais, a exemplo do novo Código de Processo Civil e da Lei de Mediação, passam a exigir as práticas da mediação, conciliação e arbitragem como meios ou instrumentos de resolução dos conflitos.

O professor José Albenes destacou o papel das faculdades e universidades na construção de disciplinas, projetos e ações que possam disseminar o conhecimento teórico e prático acerca dos meios consensuais de resolução de conflitos. Para o docente, a cultura da judicialização passa, também, pelo olhar da formação acadêmica no que tange aos meios de se solucionar os conflitos. O olhar para a consensualização dos conflitos permite capacitar o discente para diálogo e para a humanização das relações sociais.

Por fim, o professor José Albenes destacou que a nova Resolução do Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE/CES n.5/2018) deu amplo destaque aos meios consensuais de resolução de conflitos. Segundo a Resolução, o curso de graduação em Direito deverá assegurar, no perfil do graduando, sólida formação geral, humanística, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica (…) além do domínio das formas consensuais de composição de conflitos (art. 3º). Além disso, o curso de graduação em Direito deverá possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as competências cognitivas, instrumentais e interpessoais, que capacitem o graduando a desenvolver a cultura do diálogo e o uso de meios consensuais de solução de conflitos (art. 4º, VI).

Outros dispositivos foram citados e comentados pelo professor José Albenes, que finalizou a palestra afirmando que, apesar de todas essas recentes mudanças, o caminho é longo e que essa política de consensualização de conflitos passa por um engajamento plural (Cursos de Direito, OAB, Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Sociedade etc).”